
Elisabeth, para salvar a relação, deseja que Jean-Jacques durma com a mulher com quem flertou “experimentalmente”, ao seguir dicas de amigo. Ele, contudo, resiste às investidas da outra, embora Ariane seja filha do presidente francês.
Emmanuel Mouret dirige a atua em comédia que remete à trama de De Olhos Bem Fechados, último longa-metragem de Stanley Kubrick (e, por conseguinte, a Breve Romance de Sonho, de Arthur Schnitzler, no qual se baseia): com a crise no casamento, o herói se lança na noite em busca de aventuras sexuais, que não se concretizam – ao passo que a mulher vive suas próprias experiências.
Mouret, no entanto, filtra as traições desejadas (e real, em Fais-Moi Plaisir) através do humor físico e das situações repletas de nonsense que lembram a parceria entre Peter Sellers e Blake Edwards, sobretudo Um Convidado Bem Trapalhão. A sequência em que Jean-Jacques está completamente deslocado na festa em sua homenagem apresenta gags que se originam na mera tentativa do herói de se adequar à realidade a que não pertence.
Apesar das relações extra-conjugais, Elisabeth e Jean-Jacques terminam aos beijos, apaixonados como no início. O amor vence todos os problemas: Mouret tem respostas simples para as dúvidas amargas de Kubrick.
Assista ao trailer de Fais-Moi Plaisir, de Emmanuel Mouret:
Fais-Moi Plaisir, de Emmanuel Mouret, 2009.

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