
No palco, as responsabilidades que marcam a vida moderna se transformam em espetáculo: sobre pratos, no show de malabarismo, o heróis equilibra pais, esposa, filho, amigos, chefe com quem lida no trabalho, gerente do banco a quem paga as conta do mês – sempre com os aplausos da plateia.
Os cuidados em relação aos outros, todavia, drenam o homem comum, que não possui existência própria. As obrigações cotidianas o envelhecem e levam à tragédia.
Nada que afete a lógica cruel do espetáculo e de seu público, que logo o substituem por outra vítima.
Variété, de Roelof van den Bergh, 2009.

Veja a cobertura completa do Anima Mundi 2009.