Flutuando, de Ivi Roberg, 11 min, Mini DV, 2007

Ivi Roberg confeccionou o seu curta Flutuando, como uma colcha de sensações. É um filme sensorial, pouco apegado às viradas e conflitos comumente explorados nos roteiros convencionais de ficção. No enredo, dois irmãos adolescentes e seus mundos distintos.
Filme contemplativo, a câmera de Roberg parece estar apenas observando, com calma; buscado uma poesia presente no olhar desses personagens frente São Paulo.
Flutuando parece dialogar com filmes como Elefante, de Gus Van Sant, onde não há pressa na busca do seu foco narrativo. A seqüência em que os irmãos jogam videogame é uma amostra disso.
Por outro lado, o curta-metragem tende a seguir caminhos já sacramentados pelo dito cinema de arte, de aptidões claramente francesas.
Curtas-metragens como este de Ivi Roberg, precisam ser vistos com muita atenção. Um olhar apressado ou saturado (como é comum em mostras do porte de um festival internacional de curtas) tenderá a rejeitar o filme. Isso porque é necessário procurar em si a delicadeza que o filme exige.
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